SEJA BEM VINDO!

SEJA BEM VINDO!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Acabou o 1º semestre.

Parece até mentira tudo o que vivi nesse 1º semestre, na faculdade foram 4 meses super intensivos, conheci muita gente bacana e fiz coisas que nunca imaginei que faria, por exemplo, um trabalho que fizemos em que eu passei algumas posturas de yoga para a sala incluindo o professor , colocar um nariz de palhaço e andar pelo esportivo da penha entrevistando pessoas e brincando com crianças para o trabalho que apresentamos no final do semestre e, contribuir com a filmagem de outro grupo da sala dançando forró. Para uma pessoa como eu que morria de medo de falar em público e super tímida, saio desse semestre bem diferente, acho que até o final do curso eu devo mudar mais. Se tivesse que fazer o meu auto - retrato hoje, não escreveria da mesma maneira como escrevi o que foi postado, porém não vou mudar nada agora, será mais interessante fazer um auto-retrato todo final de ano, para saber o que houve de mudança durante todo o curso.
Tudo o que foi conversado em sala de aula eu pude ver de perto em uma visita que fiz a um projeto que trabalha com crianças carentes, pude perceber que tanto no projeto como na escola essas crianças não tem a oportunidade de criar, de ter consciência corporal e de aprender sobre a cooperação. Foi uma experiência bastante interessante, pois pude perceber o que nos espera nas escolas ou ONGs em que trabalharemos futuramente.
Bom! Estou de férias, mas no momento a única vantagem que vejo nisso é fato de poder ter voltado para as aulas de dança, estou sentindo falta da correria dos trabalhos e dos temas que eram abordados em sala de aula, porém não estou totalmente livre, estou participando da iniciação cientifica como voluntária, ou seja, tenho bastante artigo para ler e também tenho que escrever.
Por enquanto vou ficando por aqui e quero aproveitar para agradecer primeiramente a Deus, por ter me proporcionado esse tempo de aprendizagem, aos meus pais que não tiveram a oportunidade de terminar o primário, mas que sempre incentivaram os estudos tanto para mim quanto para minha irmã, aos meus professores, os meu colegas de sala e o grupo Alfa que me ajudou bastante e com quem eu vivi a maior parte do tempo nesses 4 meses!




sábado, 12 de junho de 2010

Avaliação!


Mais uma vez chegou o dia da avaliação, dessa vez foi solicitado que escolhêssemos uma imagem e fizéssemos a relação das temáticas trabalhadas durante o semestre. A escolha da minha imagem se deu através de um comentário que a minha mãe fez sobre o livro Fernão Capelo Gaivota e, então fui procurar saber um pouco mais da história, à história é sobre uma gaivota que gostava de voar e de ser “livre” e acaba sendo banida do grupo, por não se comportar como as demais gaivotas.
[...] “O homem só pode crescer - isto é, ser cada vez mais – através da expansão gradual e contínua da percepção de si em relação a si mesmo, em relação aos outros, em relação ao mundo. Como ser incompleto e inacabado que é sua vida deveria se constituir em uma constante busca de concretização de suas potencialidades e, desta maneira, humanizar-se a todo o momento. Este deveria ser o papel de todo o processo de construção dos seres humanos, quer seja por meio da educação formal, informal ou pessoal (auto-educação). Coisa que, efetiva e lamentavelmente, não tem ocorrido”. (Medina, João Paulo S. 1990, p. 24). O que pude perceber durante esse semestre é que nós não somos ensinados a pensar, aquele que pensa e questiona é subversivo, passa a ser visto de uma forma negativa. Para que isso não aconteça preferimos não questionar o sistema, a cultura, nossa família, nossos professores e nem a nós mesmos, não procuramos saber de nossas potencialidades e nos acomodamos como se só tivéssemos a capacidade de reproduzir o que nos foi “ensinado”. Com o decorrer das aulas os professore foram nos tirando de nossa zona de conforto, para nos fazer pensar, questionar, pesquisar e debater [...] “De fato, se a cultura influencia no comportamento humano, quem produz e transforma a cultura cotidiana são os homens. Falando da tradição cultural, eu pretendo rechaçar uma idéia tão precipitada quanto ingênua de que basta a conscientização a respeito dos nossos erros para a transformação de nossos atos”. (Daolio, 2003, p. 113). Passamos nos questionar como ser humano, cidadão, filho, aluno etc... E ao fazermos isso passamos a nos questionar quanto futuros professores de Ed. Física, será que vamos ter força suficiente para continuar “voando” ou vamos passar a nos comportar como as demais gaivotas para que não sejamos banidos do grupo? [...] “Houve, durante a época clássica, uma descoberta do corpo como objeto e alvo de poder. Encontraríamos facilmente sinais dessa grande atenção dedicada então ao corpo — ao corpo que se manipula, se modela, se treina, que obedece, responde, se torna hábil ou cujas forças se multiplicam”. (Focault, Michel, 2008, p. 117) O que é mais importante: A técnica ou a pessoa? Modelar ou formar? A disciplina ou a participação? Domesticar ou educar? (Oliveira, Vitor M. 2004, p. 10) ou será que vamos levar para os nossos alunos essa “liberdade” de pensar e questionar? (Vilela, Silvio H. 2006) Segundo Darido (2003) [...] "Os próprios alunos poderiam transformar-se em agentes socioculturais, favorecendo a utilização desse espaço como um a mais para a apropriação de vivências de lazer. Apropriar-se da escola pode significar a responsabilidade sobre ela." Lazer na escola? (Vilela, Silvio H. 2006) Segundo MARCELLINO in DE MARCO (2006) citados por Vilela [...] “o lazer relaciona-se diretamente à educação física escolar, que tem como seu mediador o professor que pode através do mesmo construir valores, respeito, solidariedade, enfim dar todo um aparato par o bem estar daquela comunidade que percebe no lazer uma melhora de vida". Quando o aluno tem contato com diversas práticas corporais ele tem como pensar melhor na forma de aproveitar o tempo vago do seu dia ou do final de semana (Silva, Cintia L. da, 2009, p. 7) De acordo com Daolio (2003) citado por Silva [...] “Compreende-se que, com a aplicação da referida proposta em aulas de Educação Física, os alunos poderão ter acesso a essa manifestação cultural, de modo a atender à finalidade dessa instância de ensino, de assegurar que os alunos adquiram autonomia em relação aos elementos da cultura corporal, para que, mesmo sem aulas de Educação Física, em sua vida futura, eles sejam capazes de praticar e apreciar atividades físicas, esportivas ou dança na hora do lazer”. Ter contato com várias práticas corporais proporciona ao aluno aprender também sobre cooperação. Segundo Osborne (2010 apud Murad, 2009) A melhor forma de interação social seria a cooperação, pois essa contribui para a redução da competição e neutralização do conflito. Essa cooperação, o autor explica fazendo referência à Piaget é essencial para o processo de aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo. É missão da escola formar cidadãos que sejam, dentre outras coisas, capazes de questionar exclusões e identificar realidades. Por outro lado, Murad afirma que é necessário lidar com o elemento da competição porque ele também é próprio da condição humana. O aluno passa a ter noção também do corpo em sua totalidade e passa entender a importância de se respeitar como corpo [...] “Ao tentar explicar todas as suas dimensões, o homem se retalha em duas, três ou quatro partes e depois se torna incapaz de perceber a totalidade em que elas se realizam” (Medina, João Paulo S. 1990 p.42). Como professores que entendem que os alunos devem saber pensar e questionar, também temos o dever de proporcionar o conhecimento total das práticas aplicadas em aula, como a história e a mudança que pode acontecer em suas atitudes [...] “Ao longo da história dessa disciplina (Ed. Física), priorizou-se os conhecimentos numa dimensão procedimental, o saber fazer e não o saber sobre a cultura corporal ou como se relacionar nas manifestações dessa cultura (DARIDO e RANGEL, 2005).
Nossa caminhada de “liberdade” está apenas começando, já começamos ter outra visão da nossa futura profissão, assim como na revolução galilaica, quando Galileu observa através do telescópio as manchas solares e outro cientista não as vê nas mesmas condições e, isso acontece quando passamos a perceber que existe outra possibilidade além do que nos foi ensinado e passamos a quebrar paradigmas. Assim como Fernão Capelo teve um mestre Chiang para dar um norte sobre essa liberdade tão desejada por ele, nós também temos os nossos professores, porém um dia eles não estarão mais conosco e então vamos precisar ter autonomia para continuar a nossa caminhada e não nos deixar acomodar [...] “Chegou o dia em que Chiang se evaporou. Falara calmamente a todos, exortando-os a nunca deixarem de aprender, de treinar e de lutar por compreenderem cada vez melhor o perfeito e invisível princípio de toda a vida”. (Bach, Richard 1970. P. 99). Após ter se separado de seu mestre Fernão Capelo passas a ser o mestre de outras gaivotas.
Bibliografia:
- Medina, João Paulo S. Educação Física de corpo... e “mente”. ed.Papirus, Campinas, SP, 9º edição, 1990.
- Daolio, Jocimar, Cultura: educação física e futebol. 2ª ed. Ver. e ampliada. Campinas, SP. Editora da Unicamp, 2003.
- Focault, Michel, Vigiar e Punir, Editora Vozes, ed. 35ª, Petrópolis RJ 2008.
-Oliveira, Vitor M, O que é Educação Física. Editora Brasiliense, São Paulo, 2004. 4ª reimpr. da 11. Ed. de 1994.
- Vilela, Silvio H. Lazer na Educação Física Escolar: Compromisso ou Abandono Pedagógico? http://cev.org.br/biblioteca/lazer-educacao-fisica-escolar-compromisso-abandono-pedagogico, 2006. Data de acesso 25/05/2010.
- Silva, Cintia L. da, Vivência de atividades Circenses Junto a Estudantes de Educação Física: Reflexões Sobre Educação Física no Ensino Médio e Tempo Livre, www.anima.eefd.ufrj.br/licere/pdf/licereV12N02_a1.pdf, 2009, data de acesso 01/06/2010.
-Osborne, Renata eBatista, Washington A. Mestrado em Ciências da Atividade Física, UNIVERSO, Niterói, RJ, Brasil- Motriz, Rio Claro, v.16 n.1 p.28-36, jan./mar. 2010. Acesso 14/04/2010.
-Bach, Richard. A História de Fernão Capelo Gaivota. Editora nórdica, Nova York, 1970.

Paintball



Fizemos uma vivência em grupo no Paintball, foi uma experiência nova para o grupo, ninguém havia participado desse jogo antes. Foi possível fazer relações com algumas temáticas trabalhadas, que serão postadas aqui.

Paintball relacionado com a fundamentação teórica.
Começaremos nossa análise pelo lúdico:
Lúdico
[...] “Jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana”. (Huizinga, J. Homo ludens,2007 p. o33). O paintball foi idéia de uma pessoa do grupo, porém todos concordaram por se tratar de algo que ninguém havia vivenciado antes, foi algo voluntário, pois todos foram por livre e espontânea vontade, não foi imposto. O jogo foi realizado em um espaço com características de um campo de guerra. As regras já eram determinadas pelo o juiz que eram obrigatórias para a segurança dos participantes, havia também regras de pontuação, porém essas regras não eram tão severas a ponto de nos fazer perder a ludicidade. Havia tensão principalmente para as meninas, por se tratar de um jogo e um espaço “masculino”, porém a alegria e o prazer logo aparecem no momento em que as meninas começam a se deslocar pelo campo e sentir o prazer de atirar no adversário. Foi um momento que nos tirou completamente do nosso cotidiano, pois fomos literalmente absolvidos pelo jogo.
Toda brincadeira de luta sempre tem um ou mais participantes que acabam se machucando, todos que participaram da vivência saíram pelo menos com um hematoma.
[...] Os cachorros e os garotinhos lutam “de brincadeira” com regras que limitam o grau de violência, apesar disso nem sempre os limites da violência permitida excluem o derramamento de sangue ou mesmo a morte do combatente. (Huizinga, J. Homo ludens,2007 p. 101).
Três dimensões do conteúdo
[...] Para o bom desempenho do jogo é fundamental que as atividades corporais, as habilidades e o domínio da técnica de cada jogador se relacionem, não na reduzida idéia de equipe ou conjunto somente para vencer, mas na perspectiva da compreensão das múltiplas determinações no desempenho de um jogo.
Com isso se quer dizer que erro/acerto, vontade coletiva, valores éticos, morais e políticos, habilidades e domínio técnico são determinações para as mudanças qualitativas. (Metodologia de Ensino da Educação Física, Coletivo de Autores, pág. 41).
Quando a equipe não visa apenas vencer o jogo a “competição” ali instaurada ganha outra roupagem, pois os competidores conseguem perceber a importância da cooperação entre a equipe, de perceber os erros e os acertos e também entender a importância do adversário em campo, pois para chegar o no resultado final é necessário entender que o adversário é a peça fundamental do jogo.
[...] “Ao longo da história dessa disciplina (Ed. Física), priorizou-se os conhecimentos numa dimensão procedimental, o saber fazer e não o saber sobre a cultura corporal ou como se relacionar nas manifestações dessa cultura (DARIDO e RANGEL, 2005, efdesportes). Entramos aqui na dimensão atitudinal, pois aprendemos ao longo da nossa vida escolar apenas realizar os movimentos e a competir, no paintball os nossos valores éticos e morais foram colocados a prova, pois poderíamos usar de má fé para machucar o nosso colega, entendemos que o bom desempenho do jogo se deu no momento em que cada um percebeu a dimensão atitudinal em suas ações, tivemos respeito ao próximo, cooperação, companheirismo e farplay. Não podemos excluir as outras duas dimensões, pois na parte conceitual temos a história do paintball e temos também a parte procedimental a qual não ficou muito em evidência, pois atirar e ao mesmo tempo correr e se esconder não era algo muito familiar.
Aprendizagem:
Em aprendizagem motora Daólio cita Fitts (1965 p.20) “Três fases da aprendizagem: cognitiva ou inicial. Em que o iniciante tenta entender a tarefa e o que ela requer; Fase associativa ou intermediária, em que ocorre uma maior organização e padronização dos movimentos já aprendidos; e fase autônoma ou final, na qual as habilidades requerem menos processamentos e o individuo pode ocupar-se com outros aspectos da performance ou mesmo realizar outras habilidades simultaneamente”.
A dimensão procedimental não ficou muito em evidência, pois tivemos que passar por essas três fases.
1ª fase cognitiva: aconteceu no momento em que o juiz estava explicando as tarefas que o paintball requeria.
2ª fase associativa: começamos a padronizar nossos movimentos, colocando em pratica o que foi entendido na 1ª fase.
3ª fase autônoma: Ocupamos-nos com outros aspectos e realizamos movimentos simultâneos como correr e atirar ao mesmo tempo ou se esconder e atirar.
Corpo
Analisando o que foi citado anteriormente podemos perceber o corpo em sua totalidade [...] “O movimento é uma condição necessária, mas não suficiente para a ação. (Tani,G.Educação Física escolar)”. Em um pensamento cartesiano apenas o fato de se movimentar já seria suficiente para jogar o paintball, porém se isso fosse realidade não teríamos que passas pelas três fases de aprendizagem e a dimensão procedimental seria algo natural e teria sobressaído durante o jogo. [...] “Ao tentar explicar todas as suas dimensões, o homem se retalha em duas, três ou quatro partes e depois se torna incapaz de perceber a totalidade em que elas se realizam” (Medina, João Paulo S. Educação física cuida do corpo e “ mente”,1990, p.42).
Cultura corporal de movimento.
Para Geertz (A interpretação das culturas, 1989), a cultura é a própria condição de vida de todos os seres humanos. É produto das ações humanas, mas é também processo contínuo pelo qual as pessoas dão sentido às suas ações. (Daolio, Jocimar. Educação física e co conceito de cultura, 2004. P.7) Ao entendermos o corpo em sua totalidade em qualquer ação, entendemos que ele possui cultura, pois está inserido em uma sociedade, se analisarmos o paintball esse esporte não faz parte da nossa cultura, porém está sendo inserido aos poucos, pois em alguns estados do nosso país existem federações, apesar do surgimento do paintball não ter haver com guerra, o jogo tem essa conotação. Os acessórios sozinhos não são considerados cultura, porém no momento em que começamos a trabalhar com eles passamos a exercer cultura, não nos remetemos apenas à cultura de outros países, como o país de origem do paintball ou países de guerra, mas também a nossa cultura.( por exemplo: quando era pequena assistia junto com o meu pai filmes de farwest e falava que quando fosse grande eu seria “pistoleira” no sentido de que usaria pistola, quando dei o 1º tiro no paintball me senti realizada.)